sábado, 31 de julho de 2021

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O que é a pré-eclâmpsia?

Apesar de ser pouco conhecida, é uma doença exclusiva da gestação que ainda representa um grande impacto na saúde da mulher globalmente, acometendo cerca de 8,5 milhões de mulheres no mundo e sendo a principal causa de morte materna. Caracterizada pelo aumento da pressão arterial (hipertensão) e dos níveis de proteína na urina (proteinúria) a partir da 20º semana de gestação, ela pode gerar complicações que colocam em risco a vida tanto da mamãe como a do bebê. Cerca de 15% dos partos prematuros e 42% das mortes maternas em países em desenvolvimento são causados pela doença[1]. Estima-se que, no Brasil, a incidência seja de 3 a 5%, mas apenas 25% das gestantes com sintomas de pré-eclâmpsia desenvolvem a doença de fato.

Quando não diagnosticada precocemente e controlada, pode evoluir para convulsões, acidente vascular cerebral, hemorragia, dano renal, insuficiência hepática e até morte. As causas da doença sinais clínicos apareçam. ainda não são totalmente estabelecidas, mas com o auxílio do exame de biomarcadores para pré-eclâmpsia já é possível identificar o risco de desenvolver a doença logo que os primeiros estagios

Exame de biomarcadores para a pré-eclâmpsia

UM EXAME DE SANGUE, COBERTO PELOS CONVÊNIOS MÉDICOS, PODE SER REALIZADO A PARTIR DA 20º SEMANA DE GESTAÇÃO PARA AUXILIAR OS MÉDICOS A AVALIAREM A RAZÃO DE DOIS BIOMARCADORES IMPORTANTES PARA IDENTIFICAR O RISCO DE DESENVOLVER A DOENÇA: O FATOR DE CRESCIMENTO PLACENTÁRIO (PLGF) E A TIROSINA QUINASE-1 (SFLT-1). DESTA FORMA, É POSSÍVEL DISTINGUIR O QUE É UMA HIPERTENSÃO RELACIONADA A UM QUADRO DE PRÉ-ECLÂMPSIA, NA QUAL A PACIENTE DEVERÁ FICAR INTERNADA PARA MONITORAMENTO, DE OUTRAS CAUSAS. ISSO SIGNIFICA MAIS TRANQUILIDADE PARA A MAMÃE E MAIS TEMPO PARA O BEBÊ, POSSIBILITANDO QUE POSSA SE DESENVOLVER COM SEGURANÇA ATÉ O MOMENTO ADEQUADO PARA O PARTO.

AO IDENTIFICAR O RISCO DE DESENVOLVER A DOENÇA, É POSSÍVEL PROPORCIONAR MAIS SEGURANÇA E PRECISÃO NO ACONSELHAMENTO MÉDICO, EVITANDO INTERNAÇÕES DESNECESSÁRIAS E GARANTINDO UM MELHOR ATENDIMENTO DURANTE O TÉRMINO DA GESTAÇÃO.

Quais são as causas e como prevenir

As causas da eclâmpsia estão relacionadas com a implantação e o desenvolvimento dos vasos sanguíneos na placenta, pois a falta de irrigação sanguínea da placenta faz com que ela produza substâncias que ao caírem na circulação vão alterar a pressão do sangue e causar lesões nos rins.

Os fatores de risco para desenvolvimento da eclâmpsia podem ser:

Gravidez em mulheres com mais de 40 anos ou menos de 18;

História familiar de eclâmpsia;

Gravidez de gêmeos;

Mulheres com hipertensão;

Obesidade;

Diabetes;

Doença renal crônica;

Grávidas com doenças autoimunes, como lúpus.

A forma de prevenir a eclâmpsia é controlar a pressão arterial durante a gravidez e fazer os exames pré-natal necessários para detectar qualquer alteração indicativa desta doença o mais cedo possível.

SINTOMAS DA PRÉ-ECLÂMPSIA:

inchaço, principalmente na face e mãos, que pode surgir antes da hipertensão arterial;

aumento exagerado do peso (mais de 1Kg/semana, especialmente no terceiro trimestre);

dor de cabeça intensa;

dor no estômago/vômito ou dor no lado direito do abdome;

alterações visuais (ver pontos brilhantes ou apresentar perda de visão);

dificuldade para respirar.

O único tratamento efetivo da pré-eclâmpsia é o parto. No entanto, quando a doença ocorre antes das 37 semanas, ou ainda mais precoce, antes das 34 semanas de gravidez, é preciso dosar o risco benefício, para não comprometer a saúde da mãe e ao mesmo tempo garantir melhores condições de nascimento para o bebê. No manejo dos casos de pré-eclâmpsia, deve-se controlar a hipertensão e também vigiar muito de perto sinais e sintomas de gravidade.

O controle da pressão arterial é fundamental nos casos de hipertensão. Existem diversas medicações seguras e que podem ser usadas durante a gravidez. Diante de casos de hipertensão grave é preciso controle imediato, para evitar maiores complicações (como convulsões, derrame/AVC).

Nos casos graves e na eclâmpsia, o tratamento é com uma medicação chamada sulfato de magnésio. Não se deve usar anticonvulsivantes para o tratamento da eclâmpsia.

A doença regride com a retirada da placenta, lembrando que ainda pode ocorrer casos graves no pós-parto (em especial na primeira semana) e que mulheres que tiveram pré-eclâmpsia durante a gestação têm um risco aumentado de hipertensão, doença cardiovascular e renal, ao longo da vida e por isso merecem acompanhamento clínico.

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