O que é a pré-eclâmpsia?
Apesar de ser
pouco conhecida, é uma doença exclusiva da gestação que ainda representa um
grande impacto na saúde da mulher globalmente, acometendo cerca de 8,5 milhões
de mulheres no mundo e sendo a principal causa de morte materna. Caracterizada
pelo aumento da pressão arterial (hipertensão) e dos níveis de proteína na
urina (proteinúria) a partir da 20º semana de gestação, ela pode gerar
complicações que colocam em risco a vida tanto da mamãe como a do bebê. Cerca
de 15% dos partos prematuros e 42% das mortes maternas em países em
desenvolvimento são causados pela doença[1]. Estima-se que, no Brasil, a
incidência seja de 3 a 5%, mas apenas 25% das gestantes com sintomas de
pré-eclâmpsia desenvolvem a doença de fato.
Quando não diagnosticada precocemente e controlada, pode evoluir para convulsões, acidente vascular cerebral, hemorragia, dano renal, insuficiência hepática e até morte. As causas da doença sinais clínicos apareçam. ainda não são totalmente estabelecidas, mas com o auxílio do exame de biomarcadores para pré-eclâmpsia já é possível identificar o risco de desenvolver a doença logo que os primeiros estagios
Exame de
biomarcadores para a pré-eclâmpsia
UM EXAME DE
SANGUE, COBERTO PELOS CONVÊNIOS MÉDICOS, PODE SER REALIZADO A PARTIR DA 20º
SEMANA DE GESTAÇÃO PARA AUXILIAR OS MÉDICOS A AVALIAREM A RAZÃO DE DOIS
BIOMARCADORES IMPORTANTES PARA IDENTIFICAR O RISCO DE DESENVOLVER A DOENÇA: O
FATOR DE CRESCIMENTO PLACENTÁRIO (PLGF) E A TIROSINA QUINASE-1 (SFLT-1). DESTA
FORMA, É POSSÍVEL DISTINGUIR O QUE É UMA HIPERTENSÃO RELACIONADA A UM QUADRO DE
PRÉ-ECLÂMPSIA, NA QUAL A PACIENTE DEVERÁ FICAR INTERNADA PARA MONITORAMENTO, DE
OUTRAS CAUSAS. ISSO SIGNIFICA MAIS TRANQUILIDADE PARA A MAMÃE E MAIS TEMPO PARA
O BEBÊ, POSSIBILITANDO QUE POSSA SE DESENVOLVER COM SEGURANÇA ATÉ O MOMENTO
ADEQUADO PARA O PARTO.
AO IDENTIFICAR O
RISCO DE DESENVOLVER A DOENÇA, É POSSÍVEL PROPORCIONAR MAIS SEGURANÇA E
PRECISÃO NO ACONSELHAMENTO MÉDICO, EVITANDO INTERNAÇÕES DESNECESSÁRIAS E
GARANTINDO UM MELHOR ATENDIMENTO DURANTE O TÉRMINO DA GESTAÇÃO.
Quais são as
causas e como prevenir
As causas da
eclâmpsia estão relacionadas com a implantação e o desenvolvimento dos vasos
sanguíneos na placenta, pois a falta de irrigação sanguínea da placenta faz com
que ela produza substâncias que ao caírem na circulação vão alterar a pressão
do sangue e causar lesões nos rins.
Os fatores de
risco para desenvolvimento da eclâmpsia podem ser:
Gravidez em
mulheres com mais de 40 anos ou menos de 18;
História familiar
de eclâmpsia;
Gravidez de
gêmeos;
Mulheres com
hipertensão;
Obesidade;
Diabetes;
Doença renal
crônica;
Grávidas com
doenças autoimunes, como lúpus.
A forma de
prevenir a eclâmpsia é controlar a pressão arterial durante a gravidez e fazer
os exames pré-natal necessários para detectar qualquer alteração indicativa
desta doença o mais cedo possível.
SINTOMAS DA
PRÉ-ECLÂMPSIA:
inchaço,
principalmente na face e mãos, que pode surgir antes da hipertensão arterial;
aumento exagerado
do peso (mais de 1Kg/semana, especialmente no terceiro trimestre);
dor de cabeça
intensa;
dor no
estômago/vômito ou dor no lado direito do abdome;
alterações visuais
(ver pontos brilhantes ou apresentar perda de visão);
dificuldade para
respirar.
O único tratamento
efetivo da pré-eclâmpsia é o parto. No entanto, quando a doença ocorre antes
das 37 semanas, ou ainda mais precoce, antes das 34 semanas de gravidez, é
preciso dosar o risco benefício, para não comprometer a saúde da mãe e ao mesmo
tempo garantir melhores condições de nascimento para o bebê. No manejo dos
casos de pré-eclâmpsia, deve-se controlar a hipertensão e também vigiar muito
de perto sinais e sintomas de gravidade.
O controle da
pressão arterial é fundamental nos casos de hipertensão. Existem diversas
medicações seguras e que podem ser usadas durante a gravidez. Diante de casos
de hipertensão grave é preciso controle imediato, para evitar maiores
complicações (como convulsões, derrame/AVC).
Nos casos graves e
na eclâmpsia, o tratamento é com uma medicação chamada sulfato de magnésio. Não
se deve usar anticonvulsivantes para o tratamento da eclâmpsia.
A doença regride
com a retirada da placenta, lembrando que ainda pode ocorrer casos graves no
pós-parto (em especial na primeira semana) e que mulheres que tiveram
pré-eclâmpsia durante a gestação têm um risco aumentado de hipertensão, doença
cardiovascular e renal, ao longo da vida e por isso merecem acompanhamento clínico.
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