sexta-feira, 6 de agosto de 2021

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Esteatose hepática

 

Esteatose hepática



O que é

É o acúmulo de gorduras no fígado provocada, na maioria das vezes, pela obesidade. Pode, porém, ter outras causas, como o excesso de ingestão alcoólica, as hepatites, a exposição de trabalhadores da indústria a produtos químicos tóxicos para o fígado (exposição laboral) e o uso de anabolizantes.

 

Esteatohepatite é a inflamação do fígado causada pelo acúmulo de gordura, que ocorre em alguns pacientes com esteatose. Caracteriza-se pela presença de esteatose associada à evidências de agressão hepática, como elevação de enzimas hepáticas e de parâmetros inflamatórios no sangue. Pode evoluir para fibrose (consequente a tentativa de cicatrização pelo organismo), cirrose (alteração estrutural e funcional do fígado, que pode levar a insuficiência hepática e necessidade de transplante) e formação de tumores malignos do fígado (HCC – hepatocarcinoma).

A esteatose é detectada por exames de imagem, como a Ultrasonografia, a Elastografia e a Ressonância Magnética, em indivíduos predispostos ou mesmo em “checkups”. Sua caracterização e evolução para esteatohepatite são feitas através de exames laboratoriais de função hepática e, em alguns casos, da biópsia hepática. A esteatohepatite é dividida em dois grandes grupos: as causadas pelo álcool e as assim chamadas não-alcoólicas.

 

Na maior parte dos casos, a esteatohepatite não-alcoólica (NASH) pode ser considerada a expressão hepática de um estado de resistência à insulina (“Síndrome Metabólica”), ocorrendo acúmulo de ácidos graxos derivados de Triglicérides nas células do fígado. A resistência à insulina favorece a captação e a formação de gorduras pelo fígado, inibindo também sua queima. Sua relação com a obesidade, o diabetes e as doenças cardiovasculares reside no fato de que todas estas são também manifestações da “Síndrome Metabólica”.  A esteatose e essas outras doenças compartilham diversos fatores de risco, como sedentarismo e hábitos alimentares pouco saudáveis, possuindo também marcadores comuns, como a presença de disfunção do endotélio vascular e acúmulo de lesões calcificadas nas paredes dos vasos.

 

Na evolução da esteatose para esteatohepatite parecem operar vários fatores, dentre os quais se destacam: o aumento das reações de oxidação tecidual; a lesão de estruturas sub-celulares responsáveis pela síntese proteica e pela geração de energia para a célula; a circulação de endotoxinas e outros produtos inflamatórios derivados de tipos anômalos de flora intestinal. Esses fatores agridem as células hepáticas e predispõem à fibrose, com possível evolução para cirrose e carcinoma hepático. Fatores genéticos, como o desequilíbrio de alguns genes que codificam enzimas antioxidantes, podem predispor o indivíduo a uma redução da capacidade de neutralizar os óxidos formados pelas reações orgânicas e, com isso, desenvolver as formas mais graves da esteatose hepática.

 

Incidência

A esteatose é vista como a doença do fígado mais comum nos países industrializados ocidentais. Apresenta-se geralmente em faixa etária de 40 a 50 anos, e tem como principais fatores de risco a obesidade, o diabetes mellitus tipo 2, as dislipidemias e a síndrome metabólica.

 

Obesos apresentam esteatose em cerca de 50% dos casos. Nos indivíduos com diabetes tipo 2 e resistência à insulina sua prevalência é de 25 a 69%. Nesses pacientes, embora as complicações cardiovasculares sejam as principais causas de morbidade e mortalidade, considera-se também elevada a mortalidade por doença hepática crônica e carcinoma hepatocelular. A hiperinsulinemia parece predispor ao desenvolvimento de neoplasia em vários órgãos, entre eles o fígado.

A esteatose hepática tem uma prevalência mundial populacional estimada em 6 a 35%, com base em biópsias hepáticas. A NASH apresenta, nos Estados Unidos, uma prevalência geral de 3 a 15%. No Brasil a prevalência geral de esteatose não é conhecida, mas, avaliada por ultrassonografia, está estimada em 18%.

Graus de esteatose hepática

A gordura no fígado pode ser classificada de acordo com a sua gravidade em:

·         Grau 1 ou Esteatose hepática simples: o excesso de gordura é considerada inofensivo. Geralmente não existe qualquer sintoma e só se descobre o problema através de um exame de sangue de rotina;

·         Grau 2 ou Esteatose hepática não alcoólica: além do excesso de gordura, o fígado fica inflamado., podendo levar ao surgimento de alguns sintomas como dor no lado direito do abdômen e barriga inchada;

·         Grau 3 ou Fibrose hepática: existem gordura e inflamação que causam alterações no órgão e nos vasos sanguíneos ao seu redor, mas o fígado ainda funciona normalmente;

·         Grau 4 ou Cirrose hepática: é a fase mais grave da doença e surge após anos de inflamação, sendo caracterizada por alteração em todo o fígado que causa redução do seu tamanho e deixa sua forma irregular. A cirrose pode evoluir para câncer ou morte do fígado, sendo necessário fazer um transplante de órgão.

Assim, além de avaliar a quantidade de gordura no órgão, também é importante verificar a presença de inflamação, pois ela é a principal causa da morte das células deste órgão. Para avaliar a progressão da doença, o médico pode indicar a relização da elastografia hepática, que é um exame rápido e sem dor e que é bastante eficaz no acompanhamento da pessoa com doença hepática..

Principais sintomas

Normalmente durante os primeiros estágios da doença não existe qualquer tipo de sintoma e, por isso, a esteatose é muitas vezes descoberta acidentalmente através de exames para diagnosticar outras doenças.

No entanto, nos estágios mais avançados, podem surgir dor no lado direito superior do abdômen, perda de peso sem explicação, cansaço e mal-estar geral, com enjoos e vômitos, por exemplo. Em casos de cirrose, outros sintomas também podem surgir, como pele e olhos amarelados, coceira no corpo e inchaço na barriga, nas pernas e nos tornozelos. 

Como é feito o tratamento

O tratamento para gordura no fígado é feito principalmente com alterações na dieta, prática regular de exercícios físicos e a eliminação do consumo de álcool. Além disso, também é necessário perder peso e controlar doenças que pioram o problema, como diabetes, hipertensão e colesterol alto, por exemplo. 

Não existem remédios específicos para tratar a esteatose hepática, mas o médico pode recomendar as vacinas contra hepatite B, para prevenir o aparecimento de mais doenças no fígado. Alguns remédios caseiros também podem ser utilizados para auxiliar no tratamento, como o chá de cardo-mariano ou o chá de alcachofra, sendo importante primeiro pedir autorização do médico antes de usá-los.

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